sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Conhecendo Santana do Livramento


Um pouco da Historia da nossa fronteira. . .  (parte 1)

Em Santana, as primeiras sesmarias foram distribuídas em 1814, já em 30 de julho de 1823 a pequena aglomeração de duzentos moradores de Nossa Senhora do Livramento consegue uma licença para edificação de uma capela.

Em 1824, a capela foi elevada a Curato, sendo nomeado o primeiro cura. Em 1830 passou a possuir livros para casamento e batizados.

No ano de 1857 desmembrou-se do município de Alegrete, elevando-se a categoria de Vila. E finalmente em 1876 passou a ser chamada de Cidade.
Já Rivera foi criada com Vila de Ceballos em 1862, e depois Rivera em 1867.

Foto reprodução site Fronteiradapaz

Durante esses quarenta anos que Livramento se antecedeu a Rivera, passou pela Guerra da Cisplatina, Revolução Farroupilha e Guerra Grande contra Rosas.


Em 1828 era apenas um amontoado de casebres quando sediou o Acampamento da Imperial Carolina durante a guerra que conseguiu a independência do Uruguai. Ficou conhecida como “Matadouro do Exercito” pois quase dois mil soldados morreram, provavelmente de frio, já que o acampamento organizou-se entre os meses de maio e setembro, e faltava tudo: farmácia, hospital, víveres, fardamentos.

Foto reprodução site Fronteiradapaz


Havia uma rota comercial entre o norte do estado e montevidéu. Do Rio Grande Vinham erva, madeira, banha, feijão, farinha, milho, fumo. Do Uruguai vinham os produtos estrangeiros, especialmente ingleses, que chegavam ao porto- tecidos, roupas, arames.

As mercadorias vindas da Europa eram distribuídas por todo Rio Grande através dos caminhos comerciais das carretas.



Rivera, apoiado pelos ingleses e franceses, rebelou-se contra o presidente Oribe e “lançou-se a sua segunda revolução, desde o Rio Grande, onde estavam seus amigos ‘Farrapos’ rebelados contra o império do Brasil e partidários de fazer do Rio Grande uma republica independente (e talvez federada com o Uruguai)”.





General de Souza Netto

Muitos proprietário rurais ficaram arruinados pela guerra. Os preços das estâncias caíram pela metade do seu valor. Um dos lideres da revolução farroupilha, o General de Souza Neto era um dos muitos estancieiros brasileiros que, assim como o General Osório, mandavam seu gado para abater nas charqueadas rio-grandense, prejudicando os estabelecimentos similares uruguaios.
Em 1851, depois de emprestar dinheiro ao vizinho país, o Brasil assinou com ele um Tratado de Limites, em que ficaram marcadas as fronteiras meridionais pelo Rio Quarai, Coxilha de Sant'Ana, Rio Jaguarão e Chuí.

Manifesto do deputado Garcia Sienra em 1862:

“ eu não encontro outro caminho para salvar nossa independência que estabelecer colônias nas fronteiras, custe o que custar. Se queremos ser orientais, se queremos ser independentes, esta é a única solução”.

O deputado Diago fala sobre uma conquista brasileira “pacifica, sunterranea e surda.” Inicia-se a nova vila, com decreto do presidente Bernardo Berro, com o nome de Ceballos como uma ameaça aos Rio-grandenses.


Trechos do livro "Armour: Uma aposta no Pampa", da Santanense Vera do Padro Lima Albornoz.



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