sábado, 27 de abril de 2013

Literatura Santanense I

Ontem na biblioteca do Sesc - Livramento me emprestaram um livro que não faz parte do acervo. Achei que seria muito interessante dividir com vocês já que o autor  é de Santana.

Pois bem, o livro é do Geraldo Mastella e tem por título: AUTORES SANTANENSES DO PASSADO.



No livro ele fala que decidiu fazer este livro devido a quantidade de autores da nossa fronteira que não eram prestigiados pelos locais. A obra não conta só com autores nascido aqui, mas também com outros que por aqui passaram.

"Como santanense, deixo com esta obra, resultado de mais de cinco anos de pesquisas, minha contribuição cultural como legado para minha querida terra natal, onde um dia tive a felicidade de abrir meus olhos para vida."

Geraldo Mastella


No total são 94 autores no livro, quem tiver interesse de adquirir esta obra ela encontra a venda na livraria MARCO ZERO LIVROS ( End: Conde de Porto Alegre, 465 - Fone:  3241-5317)
Toda semana irei extrair do livro algum nome e sua obra para dividir com vocês. Espero que apreciem...


Alaíde Ulrich

Nasceu em Pelotas, em 17 de abril de 1881.
Filha de Artur de Lara Urich.
Jornalista.
      Desde tenra idade viveu em Santa'Ana do Livramento. Poetisa de inegável valor, não deixou livro publicado. Seus versos ficaram esparsos na imprensa, sendo que a maioria de suas produções encontram-se no semanário "O Orvalho", que dirigia.
      Fundou em 1 de setembro de 1898, juntamente com sua irmã Matilde,a revista literária "O Orvalho", em Sant'Ana do Livramento, a qual dirigiu até o fim da sua vida.
       Faleceu muito cedo, aos vinte anos de idade. Durante a administração do prefeito Sérgio Fuentes, seu nome foi dado a uma escola municipal, como merecida homenagem à sua memória. 

"ORVALHO"

Essa gota gentil, sem borborinho,
Que à noite lá do céu desce divina
Sobre os verdes tapetes da campina
E vem cair sutil, devagarinho

Qual amor, revivendo com carinho,
Um coração, que verte meiga e fina
Gota... igual a essa gota cristalina
E brilha na pálpebra da cor de arminho.

É o consolo da planta entristecida
Que aos poucos vai tombando emurchecida
Ao sol ardente que lhe queima o galho.

E a florzinha, faceira, então levanta
A fronte de beleza, que ora encanta,
Chamando salvador o doce orvalho.

Faleceu em Sant'Ana do Livramento, em 16 de fevereiro de 1901.



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